A Eletrobras obteve um lucro no primeiro trimestre de 2014 de R$ 986 milhões, superior em 2.839% ao resultado do primeiro trimestre de 2013, que foi negativo em R$ 36 milhões. A empresa também havia apurado um prejuízo líquido no valor de R$ 5,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, o que levou a companhia a um resultado negativo anual de R$ 6,3 bilhões em 2013. Já o Ebitda consolidado atingiu R$ 1,688 bilhão. A maior responsável pelo lucro da Eletrobras foi a sua subsidiária Eletronorte, que alcançou um resultado positivo de R$ 1,1 bilhão. Também merece destaque, no desempenho positivo do primeiro trimestre, a reversão das perdas dos investimentos da companhia na Cemat. A Eletrobras provisionara o valor devido pela companhia de energia de Mato Grosso como de difícil recuperação quando esta era administrada pelo Grupo Rede. Como a empresa foi negociada com a Energisa, a Eletrobras reverteu a provisão, no valor de R$ 334 milhões. Outro ponto positivo foi a reversão de contratos onerosos – basicamente referente à venda de energia de Jirau –, que elevou o resultado do trimestre em R$ 258 milhões. No campo das despesas, o destaque foi o provisionamento de R$ 309 milhões para o Plano de Incentivo ao Desligamento (PID) da Eletrobras Eletronuclear. Também prejudicou o resultado da Eletrobras no primeiro trimestre de 2014 o ajuste a valor de mercado da participação da companhia na Cesp (2%) – como as ações da companhia paulista de energia há muito tempo se mantinham abaixo do seu valor histórico, a Eletrobras foi obrigada a reconhecer a perda de R$ 111 milhões. Outro ponto foi a variação cambial líquida negativa no valor de R$ 119 milhões, devida, basicamente, à comercialização da energia de Itaipu, que é cotada em dólar. Também merece destaque a redução de 43,7% das contas de Pessoal, Material e Serviços (PMS), que passaram de R$ 3,6 bilhões no quarto trimestre de 2013 para R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses deste ano. O maior ganho ocorreu na conta de Pessoal, com um decréscimo de 49,8% em decorrência, principalmente, do desligamento de grande número de empregados devido ao Plano de Incentivo ao Desligamento (PID) das empresas Eletrobras (com exceção da Eletrobras Eletronuclear).
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